27, Octubre-2013
O mandato supremo não é negativo, mas positivo. Indica que fazer o bem é muito mais importante que evitar o mal. 1o) Esse bem que desejamos realizar se traduz no amor que estamos obrigados a dar. 2o) Que se nossa vontade total (mente, alma e forças) está dirigida, todo o pensamento, todo o ser e toda nossa força estarão implicados e facilmente o mal será evitado. 3o) Que o amor não deve ser unicamente o fim como mandato mas o motivo e a razão de toda conduta. Exclusivo e total em nossa vida, qualquer deficiência ou insuficiência devem ser consideradas como pecado; ao grande mandamento corresponde logicamente o grande pecado. Em Deus, o amor é misericórdia devido à pequenez e debilidade do homem. No próximo e para o próximo o amor é benevolência e bondade, além de equidade e justiça. O budismo se fecha em si mesmo. Judaísmo e Islã se fecham na comunidade, e debatem o mal com o mal. Só o cristianismo rejeita o mal, mas acolhe o pecador como próximo e assim transforma a regra da caridade em norma universal.
PISTAS: 1) Jesus não responde unicamente à pergunta de qual é o mandato mais importante, mas dá uma visão total da vida, como estando sujeita a um dever fundamental: nascemos, vivemos e realmente crescemos para amar. Todo outro caminho está equivocado. E esse amor tem como objeto o outro. O Outro que é Deus e o outro que é o homem com quem convivemos. Se nessa relação com o outro existisse uma outra razão fora do amor, podemos afirmar que essa relação seja dinheiro, poder, sexo, ou prazer, estaria errada e seria a base do pecado.
2) A Deus o amamos mais do que a nós mesmos: com tudo que é nosso, sem medida, que é a verdadeira medida do amor a Deus. Ao próximo como a nós mesmos. Estas são as únicas diferenças entre um e outro amor. O primeiro é total e absoluto. O segundo é relativo, mas não oposto ao maior amor com o qual amamos: aquele com o qual amamos e estimamos nossa própria vida, saúde e bem-estar.
3) Nesse amor encontramos a medida exata de nossa autêntica realidade. Qualquer outra regra de conduta é falsa e não oferece a razão verdadeira ou causa formal de nossa existência. Nascemos para amar porque somos, por causa de Deus e de nossos pais, produtos do amor.
4) Todos os dias, e, especialmente nos momentos de reflexão, devemos pensar: como podemos amar melhor as pessoas com as quais convivemos. Amar é uma entrega de pequenos sacrifícios e de insignificantes renúncias. Porém somadas, constituem o grande holocausto em que se consome uma existência que produz a grande convivência de confiança, paz, liberdade e felicidade de todos.